Notícia

Agricultor da PB celebrará 1º aniversário após 60 anos sem documentos

Cerca de três milhões de brasileiros vivem sem certidão de nascimento, segundo IBGE

Um morador do município de Caiçara, a 143 km de distância de João Pessoa, recebeu a primeira certidão de nascimento, após um pedido realizado há cinco anos. O agricultor que vivia sem documentos ingressou com uma ação de registro tardio de nascimento. A partir de agora, o dia 1º de janeiro de 2022 terá um novo significado para José Ferreira de Lima que, pela primeira vez, poderá realizar a comemoração do aniversário, em cerca seis décadas. 

O agricultor procurou a Defensoria Pública do Estado em 2016. Inúmeras diligências foram realizadas para buscar o paradeiro do provável local de registro do trabalhador rural, que não sabia, sequer, a data do seu nascimento. 

Foram oficiados os Cartórios de Registro Civil das cidades de Caiçara, Borborema e Araruna – sua cidade natal, bem como as paróquias das mesmas cidades. Nada foi constatado em relação a José Ferreira Lima, nome estimado com base no registro do seu irmão, que mora em outra cidade e que não se relaciona com ele.

Busca pela idade correta

Após essa incursão pelos cartórios – e tendo em vista a situação de hipervulnerabilidade do assistido, que mais do que nunca vinha enfrentando sérias dificuldades por não possuir nenhum documento – a Justiça designou uma perícia médica para estimar a idade biológica do agricultor. Ele, então, foi submetido a um Exame de Estimativa de Idade, realizado pelo Instituto de Perícia Científica (IPC).

Com o resultado da perícia, que constatou idade aproximada de 62 anos, o senhor José Ferreira também ganhou um novo dia de nascimento: 1º de janeiro de 1959. A nova Certidão de Nascimento foi entregue na última semana passada pelo Cartório de Caiçara, o que possibilitará ao agricultor a retirada dos demais documentos. A ação foi iniciada pelo defensor público Antônio Rodrigues de Melo, falecido em março deste ano, vítima da Covid-19, também contou a atuação da defensora Diana Guedes (atualmente na DPE do Ceará) e foi concluída pelo defensor da comarca de Belém, Marcos Souto.

Patricia Oliveira

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