Com direito a “olé” vindo das arquibancadas no fim, o Vasco derrotou o Fluminense por 2 a 0 na noite deste sábado no Estádio Nilton Santos pela 22ª rodada do Brasileirão. O técnico Rafael Paiva valorizou a atuação.
– Não teve nada que fosse um ponto fora da curva. Trabalhamos da mesma forma que fizemos em todos os jogos, mas hoje encaixou. Hoje entramos no jogo mais rápido. A gente errou muito pouco individualmente, tivemos uma boa posse, machucamos um pouquinho mais o Fluminense e é esse equilíbrio que a gente sempre busca. Não teve nada de diferente na preparação em relação aos outros jogos. É difícil não ter oscilação. Temos que buscar mais jogos assim. Qual o segredo? Não sei. Quero mais jogos nesse nível. O jogo encaixou. Os jogadores sabiam que precisavam entregar. Mesmo com a classificação na Copa do Brasil sabíamos de mais, teve aquele empate com o Red Bull… Hoje encaixou tudo. Agora é tentar manter isso.
O time de São Januário chegou a 27 pontos e subiu para a 10ª colocação. Apesar de algo simbólico, estar na “primeira página” da classificação do Brasileirão é algo a se valorizar por Rafael Paiva.
– A primeira página dá mais tranquilidade. A gente consegue trabalhar um pouquinho mais tranquilidade, se é que dá para falar isso no Vasco. E dá para almejar coisas maiores. Quando estamos na primeira página conseguimos almejar coisas maiores, é o que o Vasco merece, é onde o Vasco tem que estar e a gente vai trabalhar muito forte para manter isso.
Para o treinador, o comprometimento defensivo fez a diferença para que o time pudesse chegar ao resultado positivo.
– A gente precisa defender bem. Payet está se sentindo cada vez melhor. É um cara que com a bola nós sabemos o talento que tem, mas está cada vez mais condicionado ao jogo defensivo. Hoje equilibramos bem a defesa. Estávamos bem nas coberturas. Quero acrescentar também os atletas que entraram, isso tudo contribui. Não consigo ver ninguém hoje com a setinha para baixo, hoje todo mundo foi bem. Não temos que depender de jogador para as coisas darem certo – afirmou.
O treinador, mais uma vez, mudou a equipe que começou a partida. Além disto, fez uma alteração no esquema tático: colocou um 4-2-3-1, tendo Payet atrás de Vegetti e dois jogadores no lado do campo. Qual a busca pelo “esquema perfeito”? Paiva explora as opções que possui.
– Sempre tentamos equilibrar, queremos achar o melhor esquema. É muito pouco tempo para trabalhar. Foram cinco ou seis jogos em sequência em que tivemos dois ou três dias e trabalhava muito mais quem não jogava. O Vegetti não treinou para esse jogo. Estamos tentando buscar o melhor esquema, não vai ser sempre assim, mas vimos que já tinha funcionado em outros jogos. A gente precisa potencializar mais jogadores. Precisávamos ver como o GB funcionava em outros jogos, agora o Rayan voltando… A gente tem rodado todas as nossas trocas nos jogos, a gente precisa acreditar no grupo que temos. Não podemos ser dependente de nenhum jogador. O Rayan era um jogador que encaixava na partida, ele entrou bem. Manter os jogadores motivados faz parte da gerência do grupo – analisou.
Rafael Paiva em Vasco x Fluminense — Foto: Alexandre Durão
Mais declarações de Paiva
João Victor
– É um jogador fantástico. O dia a dia é muito bom, é um cara concentrado, gosta de jogar, estava incomodado porque estava em um momento bom quando teve a lesão. Temos até que frear um pouco porque ele é meio maluquinho. Ele tem muita qualidade e quer provar o valor dele. Ele está disposto a ajudar muito a gente. Fiquei satisfeito porque ele não sentiu a dor que ele não esrtava sentindo. Ele vai nos ajudar que estão vindo pela frente.
David e Adson
– David estava osculando um pouco, assim como nós coletivamente. Ele ficou fora dos últimos jogos. Mostramos vídeos do que a gente espera dele porque sabemos que ele pode entregar. Hoje foi a melhor partida que eu vi dele. Se ele contribuir em todas as fases do jogo seremos mais fortes coletivamente. O Adson é um jogador equilibrado, ele tem defendido bem, fez um bom jogo.
Lesões de Maicon e Vegetti
– Maicon sentiu um pouquinho a posterior, Vegetti sentiu o adutor. À princípio não parece nada grave, mas precisamos ter clareza para saber o que vai acontecer.
Postura de Vegetti
– Se depender dele, ele não sai nunca, joga o tempo todo, até machucado. É sempre uma briga para saber o melhor momento (de sair). Ele está cada vez mais consciente que nosso calendário é pesado e nós estamos entendendo ele cada vez melhor para ter uma clareza melhor na decisão. Hoje ele sentiu um pouquinho o adutor. íamos trocar, mas ele pediu para segurar, mas às vezes vale mais colocar um jogador inteiro. O Vegetti também é importante na bola parada defensiva. Ele contribui muito, mas em alguns momentos a troca é importante. É um prazer ter um jogador com essa vontade.
Voltar a vencer no Brasileirão e fim da sequência negativa
– Esse equilíbrio é difícil porque tem um peso grande externo. Por mais que tentemos nos blindar o que vem de fora pode chegar. A torcida é exigente, mas a gente sabe que é um processo, tem que ter paciência. A sequência de vitórias no início foi muito boa, mas era praticamente impossível de manter. Quando a vitória não vem em três, quatro jogos faz parte do processo, é preciso manter o alerta ligado. Tem que lidar com isso todos os dias. Tem que ser o máximo equilibrado possível para não interferir dentro de campo. A nossa pontuação na tabela diz isso. Nós queremos disso para mais.
Primeira vitória em clássico como treinador profissional
– O peso é muito maior, tanto da vitória quanto da derrota. A gente precisa dar essa resposta para nós mesmos. Caiu no jogo contra o Fluminense, e fico feliz. Precisamos ter constância para ter sequência na competição.
Payet
– Sinto o Payet muito mais feliz jogando, isso é o mais importate. Ele tem exercido mais liderança no vestiário. Está falando e se expondo mais. Isso aparece dentro de campo. Está ajudando a defender. O Payet está encontrando o jogo dele de novo e cada vez mais feliz. O importante é a sequência, é fundamental. Não podemos correr riscos de lesão com ele. O mais importante de jogar 90 minutos é poder contar com ele para o próximo jogo. Ele saiu bem do jogo, ele saiu mais pela resistência. O Payet bem em campo a gente sabe que a chance da vitória é cada vez maior.
Fonte: ge
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