Defensor do ‘Barra Way of Life’, Roberto Medina já tentou emancipar a Barra da Tijuca

Carioca, aos 77 anos, Roberto Medina é um dos nomes mais influentes no mundo artístico e empresarial do Brasil. Empresário de comunicação, é Presidente da Rock World, empresa responsável pela realização do Rock in Rio no Brasil, Europa e Estados Unidos, além de ser membro do Grupo Artplan, uma holding de empresas que inclui a Artplan Comunicação, a Dream Factory Entretenimento e a Gruda.
Medina adquiriu o controle acionário da Artplan Publicidade em 1972 e, em cinco anos, transformou-a em uma das maiores agências do país. Ele foi pioneiro no Brasil ao contratar grandes astros internacionais para comerciais de televisão e trouxe o país para o roteiro do show business internacional, destacando-se ao trazer Frank Sinatra para um show histórico no Maracanã em 1980.
Em 1985, ao receber um briefing para rejuvenescer a marca de cerveja Brahma, Medina criou o Rock in Rio, reunindo 1,38 milhão de pessoas em 10 dias de música, num evento que marcou a entrada do Brasil na rota dos grandes shows internacionais.
A primeira edição do Rock in Rio aconteceu entre 11 e 20 de janeiro de 1985 na 1ª Cidade do Rock, localizada na região do Riocentro, entre a Barra da Tijuca e Jacarepaguá. O evento contou com 15 atrações nacionais e 16 internacionais, entre elas Queen, Iron Maiden e Scorpions.
Emancipação da Barra da Tijuca
Dois anos após a primeira edição do Rock in Rio, Medina liderou um dos planos mais polêmicos da história do Rio: a ideia de separar a Barra da Tijuca do município, criando uma nova cidade. Aos 40 anos, Medina se jogou na campanha pela emancipação da Barra, alegando que o bairro havia sido abandonado pela Prefeitura do Rio e que, independente, cuidaria melhor de si.
O grupo pró-emancipação incluía personalidades como os atores Kadu Moliterno e André de Biasi, o craque Zico e o campeão de voo livre Pepê Lopes. Todos defendiam que a Barra, independente, teria melhor infraestrutura e serviços.
Em 1987, uma mobilização reuniu milhares de assinaturas em um abaixo-assinado que motivou um debate na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), resultando na aprovação de um plebiscito. No dia 3 de julho de 1988, cerca de 47 mil eleitores da Barra foram convidados a votar pela emancipação do bairro.
Medina argumentava na época: “A Barra não tem asfalto, é mal iluminada, não tem esgoto, as praias estão poluídas e os lagos, assoreados. Há um processo de favelização avassalador.”
Apesar de uma carreata na véspera da votação reunir mais de 900 automóveis e 3.500 pessoas, o plebiscito não teve adesão suficiente. O “sim” ganhou com 5.785 votos contra 433, mas a participação foi de apenas 12% do eleitorado, ou seja, de moradores da Barra da Tijuca, na época.
Desde então, o bairro se tornou um dos locais mais polêmicos e dinâmicos do Rio. Alguns argumentam que a Barra não representa o verdadeiro Rio de Janeiro, enquanto outros acreditam que seu progresso impulsionou a cidade. Hoje, o bairro é um importante núcleo econômico e residencial, e, durante o Rock in Rio, transforma-se em um epicentro artístico.

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