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Funcionária discrimina Criança Negra dizendo prenda cabelo para emissão de RG em Campina Grande “não vai caber na foto”

Funcionária discrimina criança negra dizendo prenda cabelo para emissão de RG em Campina Grande, dizendo prenda seu cabelo “não vai caber na foto”

A empreendedora Ana Paula Miranda, de Campina Grande, denunciou, pelas redes sociais, que a filha Laura, de apenas cinco anos, foi vítima de racismo na unidade da Casa da Cidadania próxima ao Açude Velho.

De acordo com o Portal Correio, a situação aconteceu no início do ano, durante a emissão do RG da criança, mas só veio à tona nesse fim de semana.

De acordo com o relato da mãe, Laura estava animada para tirar o documento, havia se arrumado e usava o laço preferido nos cabelos, mas logo no início do atendimento teve que retirar o adorno a pedido da funcionária.

“Eu até entendo que não poderia ter o laço em uma foto para documento”, postou Ana Paula, que relatou não ter admitido o que veio em seguida.

“Ela foi muito grossa, principalmente quando pediu para amarrar o cabelo da menina, alegando que não caberia no enquadramento da foto. Eu me recusei a prender o cabelo da minha filha”, disse em outro trecho da publicação.

A essa altura, conforme a empreendedora, Laura já havia abandonado o entusiasmo, devido à falta de estrutura da Casa da Cidadania em atender crianças. “Para piorar, não tinha um cadeira que permitisse à criança ficar na altura e ângulo da câmera.

Precisaram colocar uma cadeira por cima da outra, que ficava em falso, balançando. Laura estava chorando e já não queria saber de foto alguma”, recordou.

“Eu poderia ter feito barraco. Ter feito uma denúncia. Mas naquele momento precisei respirar fundo e ter autocontrole para que a situação não fosse mais traumática para a criança. Eu só queria tirar ela daquele lugar”, relatou Ana Paula Miranda.


Ainda segundo a empreendedora, a atendente continuou sendo grosseira. “Ela estava sem paciência de esperar eu acalmar minha filha. Até disse que deveria ser filha única porque estava sendo muito paparicada“.

“Essa foi a primeira experiência de preconceito e mau atendimento que a minha filha viveu. Espero que isso nunca aconteça de novo e que nenhuma criança precise passar por uma situação como essa”, finalizou.

Patricia Oliveira

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