Leila Pereira, do Palmeiras, pede para CBF ‘olhar’ para fair play financeiro e diz: ‘Senão esperam o clube quebrar e vêm essas SAFs’

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira voltou a se posicionar sobre fair play financeiro no Brasil. Em entrevista coletiva, ela cobrou atitude da CBF e prometeu se empenhar no assunto caso seja reeleita como mandatária do clube.
– Já falei diversas vezes. Soube que já houve um estudo na CBF, está pronto, para implementação de fair play financeiro e não se deu andamento. Acho fundamental. É um absurdo clubes que não pagam salários, não pagam tributos, continuarem contratando e não se fazer absolutamente nada. Essa determinação tinha que vir da CBF. Se esperar os clubes se organizarem, não vai acontecer nunca porque o interesse de muitos clubes é continuar assim, enxergam só a conquista do próximo título. Se quebra o clube, não tem problema algum. Sou mais radical. Acho que tem que ter fair play financeiro, clubes que não pagam em dia ficarem impedidos de contratar e o presidente se responsabilizar pessoalmente pelas irresponsabilidades. Só assim o futebol brasileiro teria jeito. Porque senão espera o clube quebrar, vêm essas SAFs, entram, às vezes SAF que nem tem tanta credibilidade. É uma pena, porque é um produto maravilhoso – criticou.
– Essa tema do fair play, se der tudo certo, se eu for reeleita presidente do Palmeiras, é uma pauta que vou reunir os clubes para conversarmos. Não é possível, é muito injusto. O Palmeiras paga tudo em dia. Não atraso um dia de salário nem de imagem dos meus atletas nem dos meus colaboradores. Desde que sou presidente, nunca atrasei. Se não faço contratações, é por que não posso financeiramente arcar com aquelas contratações. Como posso estar disputando com clube que não paga jogadores em dia, que paga CLT mas não paga imagem, em igualdade de condição? Às vezes um clube todo organizadinho fica e outro passa porque é irresponsável. Não pode. A CBF tem que ver isso, tem que olhar isso – pediu Leila Palmeiras.
O tema está em alta no futebol brasileiro desde que o Botafogo goleou o Flamengo por 4 a 1 no Campeonato Brasileiro, com o rival fazendo apelos por fair play financeiro.