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Novo estudo alerta para tipo de adoçante popular que pode aumentar risco de doenças cardíacas

O eritritol, um adoçante natural cada vez mais utilizado como substituto do açúcar, está no centro de uma preocupante descoberta científica. Pesquisadores da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, revelaram que esse adoçante pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC. Segundo o estudo, há uma ligação direta entre o consumo de eritritol e uma maior propensão à coagulação sanguínea.

A pesquisa foi divulgada na revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology na última quinta (8/8) e faz parte de uma série de análises sobre os adoçantes. Os cientistas apontam que o eritritol pode não ser tão seguro quanto se pensava e sugerem uma reavaliação do seu uso. Este adoçante é geralmente encontrado em algumas frutas e vegetais, como uva e melão, mas também pode ser produzido por meio da fermentação da glicose derivada do amido de milho.

Eritritol e o Risco de Doenças Cardiovasculares

FotoDuets/GettyImages

O estudo atual baseia-se em uma pesquisa anterior da mesma equipe de cientistas, publicada na Nature Medicine no ano passado. Naquela ocasião, os pesquisadores descobriram que pacientes cardíacos com alto consumo de eritritol tinham o dobro de chances de sofrer eventos cardíacos graves em comparação àqueles que consumiam menos adoçante nos três anos subsequentes.

Ademais, foi observado que a adição de eritritol ao sangue dos pacientes aumentava a formação de coágulos, potencializando os riscos de eventos cardiovasculares, como o AVC. O novo estudo focou nos efeitos das plaquetas após a ingestão do eritritol em 20 voluntários saudáveis, demonstrando uma elevação exponencial dos níveis da substância no sangue após o consumo de uma dose típica encontrada em bebidas zero açúcar.

A pesquisa contou com a participação de 20 voluntários saudáveis, que consumiram uma dose de eritritol contida em um refrigerante zero açúcar. Os resultados mostraram um aumento significativo na formação de coágulos sanguíneos após a ingestão da substância, sem alterações observáveis após o consumo de glicose. O estudo chamou atenção para o efeito agudo que uma porção padrão de alimentos ou bebidas adoçadas com eritritol poderia exercer sobre a formação de coágulos.

Quais São as Implicações do Estudo sobre o adoçante?

Os achados reforçam a necessidade de considerar os possíveis efeitos adversos a longo prazo dos substitutos do açúcar na saúde cardiovascular. Segundo W. H. Wilson Tang, coautor do estudo e diretor de pesquisa para Insuficiência Cardíaca e Medicina de Transplante Cardíaco na Cleveland Clinic, é crucial avaliar os potenciais riscos dos álcoois de açúcar em paralelo ao seu uso difundido na dieta diária.

Descoberta Reforça Outros Estudos Relacionados aos Riscos de Adoçantes

As descobertas do estudo vão ao encontro de pesquisas anteriores, que já apontaram riscos associados ao consumo elevado de outros adoçantes, como o xilitol. Trabalhos recentes demonstraram que altos níveis de xilitol estão ligados a um maior risco de coagulação sanguínea, infarto e derrame.

Stanley Hazen, presidente de Ciências Cardiovasculares e Metabólicas no Lerner Research Institute da Cleveland Clinic, destaca que “a doença cardiovascular se acumula ao longo do tempo, e a doença cardíaca é a principal causa de morte globalmente. Precisamos ter certeza de que os alimentos que comemos não são contribuintes ocultos”.

Portanto, o estudo sublinha a importância de realizar mais pesquisas clínicas a longo prazo para validar a segurança do eritritol e outros adoçantes substitutos do açúcar, especialmente para indivíduos com maior risco cardiovascular.

Pacientes com alto risco cardiovascular devem evitar adoçantes como eritritol.

Adoçantes naturais como frutas são considerados opções mais seguras.

A necessidade de reavaliação dos regulamentos sobre adoçantes artificiais é evidente.

A pesquisa continua, mas as evidências apontam para uma revisão criteriosa do uso do eritritol em nossa alimentação cotidiana, destacando a importância de uma abordagem preventiva para a saúde cardiovascular.
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