Embora tenha um dos melhores goleiros do Brasil, Léo Jardim, e zagueiros experientes, como Maicon e Léo Pelé, um dos maiores desafios do Vasco em 2024 tem sido não levar gols. Tanto que é a terceira defesa mais vazada do Brasileiro, com 31 gols, atrás apenas do lanterna Atlético-GO (36) e do Vitória (16°, com 32).
E uma das boas notícias, para a torcida vascaína, em relação ao setor defensivo, é que a sequência atual, de dois jogos sem ser vazado, é a segunda melhor do elenco na temporada. Afinal, o time vem de vitórias sobre Atlético-GO (1 a 0, pela Copa do Brasil) e Fluminense (2 a 0, pelo Brasileiro). E, caso não sofra gol do Criciúma, no domingo, fora de casa, o cruz-maltino vai igualar sua melhor série, nesse sentido, neste ano.
Até agora, apenas uma vez, em 2024, o Vasco engatou três jogos sem sofrer gols. Foi de 4 a 14 de fevereiro, quando, entre os empates com Flamengo e Fluminense, venceu o Audax por 1 a 0, todos pelo Campeonato Carioca.
De lá pra cá, o pesadelo de buscar a bola no fundo das redes tem sido recorrente. E, no Brasileiro, apenas uma vez a equipe chegou aos dois jogos seguidos sem ser vazado, como a sequência atual, já sob o comando de Rafael Paiva: de 10 a 17 de julho, quando venceu, em casa, o Corinthians (2 a 0) e o Atlético-GO (1 a 0, fora, no último triunfo como visitante).
Justiça seja feita, o fato de o Vasco ter a terceira defesa mais vazada está longe de pesar sobre os ombros de Paiva, que reestreou na goleada (4 a 1) sobre o São Paulo, na Colina, no dia 22 de junho. Antes de Paiva, nas duas goleadas que o time sofreu, 4 a 0, em São Januário, para o Criciúma, e 6 a 1 para o Flamengo, no Maracanã, os treinadores eram o argentino Ramón Diaz e o português Álvaro Pacheco, respectivamente.
Apenas um jogo sem tomar gol como visitante
Antes de Paiva, aliás, o time da Colina levou gols em todos os cinco jogos como visitante (2 a 0 para Juventude e Palmeiras, 1 a 0 para o Athletico-PR e 2 a 1 para Bragantino e Fluminense).
Desde a chegada do novo treinador, no entanto, o time não só fez seus primeiros pontos fora de casa (2 a 1 no Inter e a 1 a 0 no Atlético-GO), como celebrou o único jogo longe do Rio sem ser vazado. No caso, a vitória sobre o rubro-negro de Goiânia.
Além das boas atuações da dupla de zaga e, principalmente, de Jardim, a rara sequência sem sofrer gols passa, também, pela segurança de Hugo Moura e Mateus Carvalho na proteção à zaga, dois jogadores que viraram titular desde a reestreia de Paiva. Isso sem falar na eficiência dos laterais, principalmente dos titulares Lucas Piton (esquerdo) e Paulo Henrique (direito).
Com Paiva, o Vasco, no Brasileiro, disputou 11 jogos e não foi vazado em quatro: além da vitória sobre o Atlético-GO, nos 2 a 0 sobre Fortaleza e Corinthians, ambos em São Januário, e na vitória com o mesmo placar, sábado passado, no Nilton Santos, sobre o Fluminense.
Aliás, no triunfo no clássico passado, uma das ótimas notícias foi o retorno do zagueiro João Victor, recuperado de lesão, que não jogava desde o 1 a 1 com o Botafogo, no dia 29 de junho. Com pouco minutos em campo, no lugar de Maicon, o camisa 38 mostrou a segurança habitual na defesa e ainda iniciou a jogada do segundo gol, marcado por Victor Luis.
O técnico do Vasco, Rafael Paiva, na vitória sobre o Fluminense — Foto: Leandro Amorim/Vasco
Fonte: Extra
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