O ex-vereador Gabriel Monteiro deve ser transferido na manhã desta terça-feira, 8, para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele teve a prisão preventiva decretada ontem, devido a um processo que responde por estupro. O ex-vereador se entregou na 77ª DP (Icaraí), onde está preso.
Antes de ir para a delegacia, ele gravou um vídeo em que nega o crime e disse que vai provar sua inocência. A decisão é do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio.
O ex-parlamentar foi acusado de estupro e de agressão por uma estudante de 23 anos. O caso teria ocorrido na casa de um amigo, em 15 de julho deste ano. O processo corre em segredo de Justiça.
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público à Justiça, no fim de outubro, a mulher afirmou que Gabriel a forçou a manter relações sexuais, depois de lhe apontar uma arma, na casa de um amigo do ex-vereador. O ex-vereador teria se recusado a usar preservativo, segundo a denúncia. A mulher, por causa disso, diz que acabou contraindo HPV, uma infecção sexualmente transmissível. Um laudo médico realizado após o episódio confirmou que a vítima tinha lesões nas partes íntimas.
A vítima conta que conheceu Gabriel na festa de reabertura de uma boate na Barra da Tijuca. O início do relacionamento foi consensual, mas terminou em violência. Depois de se beijarem e trocarem carícias na boate, os dois seguiram para a casa de um amigo do ex-vereador. No imóvel, a mulher foi levada por Gabriel até um quarto. Ao tentar deixar o cômodo, segundo a denúncia, Gabriel trancou a porta, retirou a arma da cintura e com ela acariciou o rosto da vítima.
‘’O denunciado a empurrou de forma violenta sobre a cama e começou a ter relação sexual de forma violenta, mesmo sem preservativo, mesmo após os apelos da vítima para que não mantivesse relações sem camisinha’’, afirmou um trecho da denúncia.
Vereador nega
Por meio de sua rede social, Gabriel Monteiro negou o crime e disse que vai provar sua inocência.
“Fiquei sabendo pela minha advogada que foi decretada a minha prisão preventiva por um crime que eu não fui escutado na delegacia. Respeito as autoridades e por isso estou vindo aqui. Não fui conduzido pela polícia. Assim que fiquei sabendo vim imediatamente me entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai ficar comprovada. Não só tecnicamente, mas também para todo o Brasil, de forma que fique incontestável qualquer acusação contra mim”, disse Monteiro antes de se entregar.
Mandato cassado
Gabriel teve seu mandato cassado no dia 18 de agosto, após uma votação no plenário da Câmara do Rio, por quebra de decoro parlamentar. Várias acusações foram feitas contra ele: assédio sexual, moral e tentativa de estupro. Gabriel Monteiro também foi acusado de intimidações, agressões e de cometer crimes contra menores de idade.
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