Na última terça-feira (16/7), a poucos momentos de sua programada execução, Ruben Gutierrez, condenado pela morte de Escolastica Harrison em 1998, teve uma suspensão inesperada. A Suprema Corte dos Estados Unidos acatou um pedido extremamente importante da defesa: a realização de um teste de DNA. Gutierrez, agora com 47 anos, aguardava a execução na prisão de Huntsville, Texas, quando a notícia chegou, adiando o destino que parecia inevitável.

Hannah Haney, porta-voz do Departamento de Justiça Criminal do Texas, confirmou o adiamento da pena de morte para uma investigação mais detalhada, embora ainda não esteja claro quando e se a execução será retomada. Essa decisão marca um ponto crucial no caso de Ruben, que por mais de uma década reivindicava a realização deste exame, sustentando que ele comprovaria sua alegação de inocência.

Ruben Gutierrez foi condenado à morte pelo assassinato da aposentada Escolastica Harrison, em 1998, — Foto: Reprodução

Por que o teste de DNA é crucial para o caso do condenado?

Ruben Gutierrez foi sentenciado pela brutalidade do crime contra Escolastica Harrison, que tinha 85 anos na época do ocorrido. Segundo acusação, o real propósito era roubar as economias da idosa. Apesar de admitir que planejou o roubo, Gutierrez sempre afirmou que não estava presente no momento do assassinato, e que seus dois associados agiram sem seu conhecimento.

O que diz a defesa de Ruben Gutierrez?

Shawn Nolan, advogado de Gutierrez, ressaltou a importância dessa suspensão. Segundo ele, “o exame de DNA é uma peça-chave que sempre estivemos confiantes que provaria a inocência de Ruben. Este adiamento nos dá mais esperança de fazer justiça verdadeira”. Em meio ao longo processo de apelações, o argumento de necessidade deste teste foi reforçado na esperança de esclarecer inconsistentes detalhes sobre a participação de Gutierrez no crime.

Reações ao adiamento

A notícia da interrupção provocou reações diversas. Enquanto alguns acreditam na possibilidade de inocência de Gutierrez, outros, como familiares da vítima, expressam frustração e dor. Alex Hernandez, sobrinho de Escolastica, compartilhou que o adiamento foi “devastador” e expressou um sentimento de derrota, ainda que temporário. Para ele e muitos outros, a demora na resolução do caso é uma fonte contínua de angústia.
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