Por meio de videoconferência, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas ouviu o presidente da SIGA Latin America, Emanuel Medeiros. Recentemente, a SIGA (organização internacional que reúne entidades públicas e privadas pela integridade no esporte) assinou acordo de cooperação com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a implementação do Sistema Independente de Rating e Verificação da SIGA (SIRVS). A parceria inclui também a partilha de conhecimentos e a implantação de melhores práticas de governança para a integridade das apostas esportivas.
Medeiros relatou que o acordo foi firmado em março e que deve divulgar um plano de ação em outubro. Diante da afirmação, o senador Carlos Portinho criticou a demora da CBF em avançar em ações de compliance e governança para evitar casos de manipulação.
– A CBF fez um contrato para inglês ver, porque ela não está se aproveitando do contrato que tem, enquanto isso o futebol brasileiro sangra. As vulnerabilidades todas que a gente já levantou aqui: não tem canal de comunicação; tem partidas sem quality manager [gerente de qualidade, em tradução livre], que é uma exigência da Fifa; não houve designação de oficial de integridade no ano de 2022; as câmeras do VAR não têm a maior resolução que é exigida – criticou.

CONTRATO PARA ‘INGLÊS VER’! Desde março deste ano, a CBF assinou um contrato com a SIGA (Sport Integrity Global Aliance), líder mundial em integridade no esporte e boa governança. Até aí, tudo certo. A questão vista na CPI das Apostas Esportivas, com o depoimento do… pic.twitter.com/1TLY0zP8pe
— Carlos Portinho (@carlosfportinho) August 9, 2024

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