A Prefeitura do Rio de Janeiro deu início, na manhã desta segunda-feira (24), às intervenções de revitalização da escultura-fonte “Palácio de Cristal”. A obra da artista paulistana Amelia Toledo (1926–2017) está instalada na Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, na Zona Sul da cidade.
Inaugurada em 1998, a escultura-fonte não funciona há vinte anos. Amelia concebeu a obra em um grande bloco de quartzo rosa, com 140 centímetros de altura, com base nas qualidades do cristal. Com o trabalho, a artista queria transmitir beleza, energia de vida e afeto às pessoas que passam pela praça.
Ao longo do tempo, a obra “Palácio de Cristal” passou por toda a sorte de descaracterização, inclusive aterramento do espelho d’água original. À frente dos trabalhos está a galeria Nara Roesler, responsável pelo legado de Amelia Toledo. O restauro conta com a participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima, e apoio do Instituto de Arquitetos do Brasil – Rio de Janeiro (IAB-RJ).
Durante a realização das intervenções, a obra será protegida por um tapume. Operários especializados cumprirão as várias etapas do processo, que compreende a retirada do aterramento feito sobre o espelho d’água original; a verificação das tubulações de água e a limpeza do quartzo rosa.
Amelia Toledo elaborou o “Palácio de Cristal” para complementar o projeto da Estação Arcoverde do Metrô, idealizado pelo arquiteto João Batista Martinez Corrêa, que convidou a artista para participar do empreendimento.
Para a Estação Arcoverde, Amelia elaborou ainda o “Projeto Cromático”, revestimento para as paredes, com 68 diferentes tons. A artista também indicou os materiais de acabamento, além de ter participado da feitura do painel de piso “Embarque na Estação Terra”, e do painel de aço inox “Por dentro da Terra”, segundo o jornalista Ancelmo Gois (O Globo).

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