O comentarista Carlos Eduardo Lino criticou a estratégia usada por Artur Jorge no meio-campo do Botafogo na derrota para o Juventude por 3 a 2 neste domingo, em Caxias do Sul. Para ele, as peças escolhidas não conseguiriam marcar o time gaúcho com a intensidade que o jogo iria pedir.

– Acho que o Botafogo errou na estratégia na largada do jogo. Um meio-campo com Romero, Matheus Martins e Thiago Almada para pressionar e marcar o time do Juventude, que dentro de casa é um time de força, de intensidade… Esses caras não conseguem alcançar. Entra mais fechado, entra com outros volantes, dá uma travada no jogo, vai soltando devagarinho, vai buscando o jogo mais à frente… Esse time era para fazer o jogo circular, mas não aconteceu. Foi o contrário, o Juventude teve bola no pé, foi pressionando, ganhando as divididas e o Botafogo sem velocidade – disse Lino.

– A defesa do Botafogo sem o Bastos é uma defesa arrastada, você não pode dar o mínimo de espaço. Querer pressionar lá na frente sem um cara como o Bastos para cobrir esse espaço no fundo, para compensar esse espaço com velocidade, não vai rolar. O Botafogo foi envolvido de um jeito que o torcedor estava comemorando o 1 a 0 no primeiro tempo. Aí na última bola do primeiro tempo toma o segundo, na primeira bola do segundo toma o terceiro, e aí desaba tudo – completou, durante o “SporTV News”.

Lino considerou a vitória do Juventude justa e destacou também a partida ruim feita pelo volante Allan, um dos reforços do Botafogo para a segunda metade da temporada.

– Eu fiz uma coisa que não devemos fazer que é antecipar expectativas. A tendência é que o Allan seja um dos grandes jogadores do Botafogo em breve, mas no momento não está sendo. Não conseguiu fazer nada no primeiro tempo, não distribuiu, não apoiou, não sustentou defensivamente… Ainda está muito abaixo da expectativa que a gente tinha. São grandes jogadores, mas sem a atitude do segundo tempo o time não vai a lugar nenhum – frisou.

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