No cenário atual do futebol sul-americano, os técnicos argentinos têm se destacado de maneira notável. Eles comandam várias equipes nos principais torneios, como a Libertadores e a Sul-Americana. Esse fenômeno levanta questões sobre a formação e a competência desses profissionais, e por que eles se tornaram tão predominantes.

A participação de técnicos brasileiros é relativamente menor, com apenas três clubes sob sua direção: Fluminense, Flamengo e Cruzeiro. Além dos argentinos e brasileiros, técnicos uruguaios também têm tido um papel importante, mostrando a diversidade de escolas de futebol no continente.

O que torna os técnicos argentinos tão bem-sucedidos?

Marcelo Raed, um comentarista esportivo, atribui o sucesso dos técnicos argentinos à excelência na formação que recebem. Raed completou a licença B na Associação de Treinadores do Futebol Argentino (ATFA) e afirma que, desde os anos 90, a Argentina tem um sistema rigoroso de qualificação. Enquanto isso, no Brasil, a academia de treinadores só começou a ganhar força em 2009.

Quem são os principais técnicos estrangeiros nos torneios continentais?

Atlético-MG: Gabriel Milito (Argentina)

Colo-Colo: Jorge Almirón (Argentina)

River Plate: Marcelo Gallardo (Argentina)

São Paulo: Luis Zubeldía (Argentina)

Fortaleza: Juan Pablo Vojvoda (Argentina)

Corinthians: Ramón Díaz (Argentina)

Racing: Gustavo Costas (Argentina)

Libertad: Daniel Garneto (Argentina)

Lanús: Ricardo Zielinski (Argentina)

Peñarol: Diego Aguirre (Uruguai)

Athletico-PR: Martin Varini (Uruguai)

Independiente Medellín: Alfredo Arias (Uruguai)

Botafogo: Artur Jorge (Portugal)

Palmeiras: Abel Ferreira (Portugal)

Como a expansão de vagas beneficiou os clubes brasileiros?

Em 2017, a Conmebol ampliou o número de vagas para clubes brasileiros nas competições continentais. Como resultado, pelo menos seis vagas são agora garantidas via Campeonato Brasileiro, além de uma vaga adicional para o campeão da Copa do Brasil.

Essa expansão fortaleceu significativamente a presença do Brasil nas competições. O Fluminense, atual campeão da Libertadores, exemplifica a dominância brasileira. Nos últimos cinco anos, clubes brasileiros, como Flamengo e Palmeiras, também conquistaram títulos importantes, consolidando-se como forças a serem consideradas.

Desempenho recente dos times brasileiros nas competições continentais

Desde a ampliação das vagas em 2017, o número de equipes brasileiras que chegam às quartas de final da Libertadores e da Sul-Americana tem sido impressionante:

2024: nove times – cinco na Libertadores e quatro na Sul-Americana

2023: oito times – três na Libertadores e cinco na Sul-Americana

2022: nove times – cinco na Libertadores e quatro na Sul-Americana

2021: oito times – cinco na Libertadores e três na Sul-Americana

2020: quatro times – três na Libertadores e um na Sul-Americana

2019: sete times – quatro na Libertadores e três na Sul-Americana

2018: seis times – três na Libertadores e três na Sul-Americana

2017: seis times – três na Libertadores e três na Sul-Americana

Vemos que, nos últimos anos, pelo menos oito equipes brasileiras têm avançado às quartas de final, destacando a força do futebol nacional nas competições continentais

Em resumo, enquanto os técnicos argentinos continuam a dominar os torneios sul-americanos, os clubes brasileiros solidificam sua presença graças às mudanças nas vagas de qualificação e ao talento dentro de campo. Esses fatores criam uma dinâmica interessante e competitiva nos torneios, assegurando que o futebol sul-americano permaneça excitante e imprevisível.
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