Os Tatuís são crustáceos filtradores e através deles, e de sua procriação e proliferação, é possível saber se uma praia está com boas condições ambientais. Ou seja, os pequenos seres do mar indiciam quais as melhores praias do Rio. Atualmente, a maior probabilidade de encontrá-los está em praias da região de Grumari e na Restinga de Marambaia, na Zona Oeste da cidade.
Tereza Calado, bióloga do Laboratório de Ciências do Mar na Universidade Federal de Alagoas, especialista em tatuís, conta, ao Diário do Porto, que no Brasil esses animais se dividem em duas espécies: a Emerita brasiliensis, presente no sudeste e no sul do país, e a Emerita portoricensis, encontrada na região nordeste. As duas têm diferenças, mas só os especialistas conseguem notá-las.
História
Os tatuís têm o nome de origem indígena, pois povos os achavam semelhantes aos tatus, animais escavadores de terra e que possui um corpo no formato arredondado.
É possível encontrá-los em locais onde há um mar limpo, e já chegaram a ser avistados até na Zona Sul, com em Ipanema e Copacabana. Durante a pandemia, quando as praias ficaram vazias e menos pisoteadas, os tatuís foram novamente vistos na praia de Boa Viagem, em Niterói. Porém as condições adversas, como a grande presença de pessoas, os constantes aterros das praias, e a poluição nas areias e nas águas do mar tornam a presença dos tatuís mais raras. Daí sua presença ser considerada um excelente indicador da qualidade ambiental.
Para realizar a filtragem da água, de onde retiram seus alimentos, os tatuís possuem cerdas em duas antenas longas, pelas quais retêm microorganismos.
Aves como a gaivota são os principais predadores dos tatuís. Elas catam esses crustáceos na areia com o bico.