A eleição para a Câmara dos Vereadores do Rio foi marcada por uma disputa particular entre o governador Cláudio Castro (PL) e seu vice, Thiago Pampolha (MDB). O relacionamento entre os dois tem estado abalado desde o início do ano, e as eleições reforçaram essa tensão política. As informações são de Berenice Seara/Tempo Real RJ.
Preocupado com a eleição de seu aliado e compadre, Diego Faro, do PL, o governador mobilizou recursos do estado para garantir votos para o candidato. Em contrapartida, Castro desarticulou estruturas que beneficiavam os protegidos de Pampolha, Renato Moura e Rodrigo Vizeu, ambos do MDB.
Na disputa pelo financiamento de campanha, o candidato de Castro foi o mais favorecido. Diego Faro recebeu R$ 1,85 milhão do Partido Liberal, enquanto Renato Moura declarou ter R$ 100 mil do MDB, e Rodrigo Vizeu não recebeu nenhum recurso declarado até o momento. Apesar de ainda faltar a prestação de contas final, a diferença de apoio financeiro é notável.
Mesmo com essas adversidades, quem saiu vitorioso foi Pampolha. Seus dois afilhados políticos, Renato Moura e Rodrigo Vizeu, foram eleitos com 16.278 e 14.351 votos, respectivamente.
Já o candidato de Cláudio Castro, Diego Faro, obteve 12.675 votos e garantiu a última vaga na Câmara, eleito graças às sobras de votos do supercampeão Carlos Bolsonaro.

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