O clima de tensão entre o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o governador Cláudio Castro (PL) ficou ainda mais evidente neste sábado (0/9), quando Paes chamou Castro de “frouxo” e “sem moral” durante um evento realizado na Praça Seca. Ao lado do vice-governador Thiago Pampolha (MDB), o prefeito fez duras críticas à gestão de segurança pública do governo estadual. A informação é do Tempo Real.
A declaração ocorreu durante o lançamento da candidatura de Rodrigo Vizeu (MDB) à Câmara Municipal, candidato de Pampolha. Paes, ao abordar a questão da segurança pública, que tem sido alvo de trocas de acusações entre os dois líderes, afirmou:
“Eu nunca vi o que está acontecendo agora. Perderam a autoridade, a moral, e quando os bandidos percebem que o governante é frouxo, que não tem autoridade, como é o caso do governador, eles usam e abusam”, disparou o prefeito.

Críticas ao Governador e Referência a Pampolha
Paes também se referiu ao rompimento político entre o vice-governador Pampolha e Castro. Ele afirmou que Pampolha foi “o primeiro a ser traído por esse projeto” e criticou o uso da “força e juventude” do vice nas eleições de 2022, classificando o episódio como “estelionato”.
“Além de terem cometido o estelionato de 22, quando usaram a força e juventude do Pampolha, agora querem cometer outro, lançando um candidato que ninguém conhece. Parece até com o outro, o Wilson Witzel. Eles querem aplicar outro estelionato na eleição de 24”, afirmou Paes.
Polêmica Reiterada

Essa não foi a primeira vez que Paes fez duras críticas a Castro em eventos públicos. Durante o lançamento da candidatura do vereador Renato Moura (MDB), o prefeito já havia reagido às tentativas de responsabilizá-lo pela crise de segurança pública na capital. Paes ressaltou que a gestão das polícias é uma atribuição do governo estadual e acusou o governo de politizar a segurança pública.
“Agora querem me responsabilizar por algo que é obrigação deles resolver”, disse Paes, reforçando que as polícias são subordinadas ao governador, não ao prefeito. Ele também criticou a distribuição de cargos nas polícias baseada em interesses políticos, em vez de priorizar a eficiência nas ações de segurança.

By