Ao tentarem ajudar um cavalo-marinho que encontraram na Baía de Guanabara, pescadores se depararam com uma espécie rara do animal. O peixe foi capturado por engano e como não parecia saudável, os pescadores decidiram entrar em contato com pesquisadores marinhos.
O cavalo-marinho foi levado para Universidade Santa Úrsula, na Zona Sul da capital, onde foi atendido no laboratório do projeto Cavalos-marinhos do Rio de Janeiro. No local, os pesquisadores descobriram que o animal é uma espécie da Patagônia, portanto, rara nas águas cariocas. A sua condição era ainda mais particular, por se tratar de um macho grávido, ocorrência incomum.
A coordenadora do projeto, Natalie Freret, disse que ele pode ter chagado à Baía de Guanabara em processo de migração:
 “A gente raramente vê esse animal, ele é muito especial porque vem migrando da Argentina até a nossa costa durante o inverno para fugir das águas geladas”, afirmou a estudiosa, conforme reproduziu a Rádio Tupi.
O cavalo-marinho recebeu cuidados especiais durante uma semana, ao final da qual estava completamente restabelecido. De acordo com os pesquisadores, a ação cuidadosa e rápida dos pescadores determinou a sorte do animal e dos seus filhotes.
Os estudiosos destacaram que o comprometimento da comunidade é essencial para a preservação do ecossistema marinho, especialmente das espécies em risco de extinção ou raramente avistadas nas águas do Rio de Janeiro.
Os pesquisadores da Santa Úrsula ressaltaram ainda que o salvamento evidencia a necessidade da realização de campanhas ambientais voltadas para a valorização e a conservação da biodiversidade marinha. Para eles, a iniciativa deve ser amparada no monitoramento contínuo das espécies raras avistadas, fortalecimento das parcerias entre pescadores e instituições de pesquisa, e projetos específicos de preservação para os cavalos-marinhos.

By