A grande discussão da semana no futebol brasileiro é fair play financeiro, por conta dos altos investimentos realizados pelo Botafogo, que não infringem qualquer regra. No programa “Seleção SporTV”, o consenso foi que há um ponto importante a ser debatido antes.
– Não tem nada de ilegal no que o Botafogo faz. Às vezes, no imaginário das pessoas, em função das declarações do presidente Rodolfo Landim logo após a derrota do Flamengo por 4 a 1 para o Botafogo, fica parecendo que há alguma coisa errada. E não há nada rigorosamente errado. Discutir o fair play financeiro é saudável, mas é bom esclarecer – frisou Paulo Cesar Vasconcellos.
– Há casos que considero mais graves, como Corinthians e Cuiabá. O presidente do Cuiabá falou abertamente que o Corinthians leva o Raniele e não pega, tem que disputar o campeonato sem o jogador e sem o dinheiro. Controle tem que haver antes de o Corinthians contratar o Depay, tem que haver quando não paga o Raniele. O futebol brasileiro escolheu pular para a próxima, que é o Textor. É discussão importante. Queremos liga mais forte com dinheiro de fora, como do Grupo City? Topamos que sejam mais fortes com recursos que não são de dentro para fora? O nível vai subir, o Botafogo vai ganhar premiações, Libertadores, gerar dinheiro e se pagar. Pode ser. Mas antes tinha que discutir isso de tirar jogador de concorrente, não pagar e o concorrente não ter dinheiro para se remontar – analisou Martín Fernández.
A questão do pagamento das dívidas foi considera a prioridade para o momento.
– Não podemos naturalizar o calote. O Corinthians está dando calote no Cuiabá e no Flamengo. Isso não pode ser ignorado ou naturalizado por quem está querendo fazer que futebol tenha desenvolvimento melhor e mais seguro do ponto de vista financeiro. Discussão sobre fair play financeira tem que ser travada, mas não se pode ignorar que está aí o Corinthians. Matías Rojas, por exemplo, tem ação no valor de 40 milhões de dólares contra o clube – lembrou PC Vasconcellos.
– O futebol brasileiro está indo para último parágrafo ignorando primeiro, segundo e terceiro parágrafos. O primeiro é que não pode ficar em atividade um clube caloteiro, que se beneficia disso – completou PC.

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