A declaração foi dada durante uma cerimônia de homenagem a atletas militares e vem após dias de tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário e às vésperas dos atos programados por aliados para o feriado de 7 de setembro, dia da independência do Brasil.
Diversas vezes Bolsonaro disse que as manifestações da próxima semana seriam o último recado da população sobre voto impresso nas urnas eletrônicas e outras medidas defendidas por ele. Nos últimos dias, o presidente tem procurado minimizar o tom mais agressivo dos atos falando que eles serão pacíficos e visam defender a liberdade de expressão.
“Com flores não se ganha a guerra não pessoal. Quando se fala em armamento, quem quer paz se prepare para a guerra“, disse Bolsonaro durante a entrega de uma medalha do mérito desportivo militar a um lutador de boxe.
O evento contou com a presença dos ministros Walter Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e dos presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e dos Correios, Floriano Peixoto.
Bolsonaro voltou a lembrar as dificuldades enfrentadas pela população por conta da pandemia e disse que é preciso se colocar no lugar dos outros.
“Nós, para vivermos melhor, devemos nos colocar do outro lado do balcão, como aquela pessoa está se sentindo, como o atleta está passando, quais suas dificuldades, como político também”, disse.
No final, o presidente entregou ao boxeador Hebert Conceição, medalhista nos Jogos Olímpicos de Tóquio, uma medalha “especial“. Nela, uma foto do presidente é circulada pelos dizeres “clube do Bolsonaro”, “imorrível”, “imbrochável” e “incomível”.