O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL), assumiu o compromisso de “acabar com a caixa preta dos transportes” em entrevistas concedidas à BandNews FM e TV nos dias 19 e 20 de agosto. Ramagem destacou a necessidade de maior transparência nas relações entre a prefeitura e as empresas de ônibus, além de propor novas alternativas de mobilidade urbana para a cidade.
Segundo Ramagem, o sistema de transporte público do Rio enfrenta problemas graves, como a má distribuição de ônibus em diferentes regiões, a falta de veículos, e alterações de linhas e escalas sem aviso prévio à população. Ele criticou a falta de prestação de contas por parte das empresas de ônibus, que recebem subsídios sem transparência.
“Há muito o que se fazer no transporte público do Rio de Janeiro. Temos que abrir a caixa preta do transporte e acabar com a máfia que há décadas toma conta desse serviço essencial na cidade. As empresas de ônibus recebem subsídios sem prestar contas à prefeitura. Não sabemos o quanto gastam, o valor que investem ou mesmo se há algum investimento sendo realizado. Quando o poder público não combate o problema, está sendo leniente ou conivente”, afirmou Ramagem.
Ramagem também defendeu a reestruturação do sistema de ônibus municipal e a introdução de novas alternativas para melhorar o conforto e a agilidade dos deslocamentos na cidade. Ele propôs a substituição gradual dos BRTs por veículos sobre trilhos, além de uma maior integração dos modais de transporte por meio de uma tarifa única.
“Nossa gestão terá um olhar para as reais necessidades dos cariocas. Vamos substituir gradualmente os BRTs por veículos sobre trilhos, aumentando a capacidade de transportar mais pessoas em menos tempo. Também integraremos todos os modais por meio da tarifa única e vamos expandir a integração local e intermunicipal. Todo esse processo será feito com inteligência e transparência”, acrescentou.
Posição sobre a municipalização de Hospitais Federais
Ramagem também se posicionou contra a municipalização dos hospitais federais, argumentando que essa não é uma atribuição do município.
“Sou contra esse processo de municipalização, pois não é uma atribuição municipal atender casos de média e alta complexidade. Temos que priorizar a atenção básica, criar novas policlínicas e fortalecer o nosso sistema. Claro, devemos ter uma integração entre diferentes esferas de governo para melhor atender a população. Afinal, o cidadão não quer saber se o seu caso é municipal, estadual ou federal. Ele quer ser atendido. Mas não podemos esquecer que cada um deve cumprir com a sua atribuição”, explicou o candidato.
Durante as entrevistas, Ramagem também abordou outros temas importantes, como segurança pública, educação e combate às enchentes.

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