Hoje, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi palco de um episódio que muitos consideraram inusitado e alarmante. Durante a sessão, a troca de comando na Polícia Civil e nos Bombeiros, determinada pelo governador Cláudio Castro, provocou reações intensas entre os deputados estaduais, incluindo aliados do próprio governador.
A substituição do chefe da Polícia Civil, que estava há pouco tempo no cargo, foi justificada por Castro com base em supostos resultados insatisfatórios. No entanto, essa explicação foi considerada insuficiente por muitos parlamentares.
A nomeação original do chefe exonerado já havia gerado controvérsia, pois ele não possuía o tempo de serviço exigido para o cargo, o que levou à mudança na Lei Orgânica da Polícia Civil para acomodá-lo. Essa manobra legislativa foi vista com desconfiança por alguns deputados, que agora criticam a decisão de removê-lo sem maiores explicações.
Entre as vozes críticas está o deputado estadual Luiz Paulo, que afirmou que “a caneta do governador é uma caneta sem rumo”, referindo-se à frequente troca de secretários na gestão de Cláudio Castro. A ex-chefe da Polícia Civil e atual deputada Martha Rocha também se manifestou, dizendo que, em seu caso, levou três anos para começar a apresentar resultados significativos.
O desconforto não se restringe à oposição. Deputados da base governista, incluindo membros do Partido Liberal, também expressaram descontentamento. O que mais preocupa é a crescente percepção de que Cláudio Castro está se tornando refém da Alerj, com seu governo ameaçado até por pedidos de impeachment, ainda que não se acredite que tal medida seja realmente levada adiante.
Paralelamente, a troca de comando na Polícia Civil foi utilizada pela campanha do prefeito Eduardo Paes como munição contra seus adversários políticos. Paes criticou a gestão da segurança pública no estado, em um gesto considerado desnecessário por analistas, dado o contexto atual da disputa eleitoral.
O clima de tensão na Alerj reflete uma administração cada vez mais isolada, com Castro enfrentando dificuldades para manter o controle e o apoio de sua base parlamentar. As próximas semanas serão cruciais para o governador, que precisará reconquistar a confiança e resolver as desavenças internas para evitar que as ameaças de impeachment se tornem mais do que apenas retórica política.
Adélio Carioca
Amorim falou sobre o confronto com o candidato a vereador Leonel de Esquerda, chamando-o de “Adélio do Rio de Janeiro”, em referência ao autor do atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A acusação foi baseada em rumores de que Leonel teria sido visto portando uma faca, o que, segundo Amorim, representa uma ameaça à sua segurança A tensão entre os dois escalou, com Leonel sendo hospitalizado após o confronto verbal, mas já se recuperando em casa.
O episódio ganhou ampla repercussão nas redes sociais, com Leonel de Esquerda, mesmo debilitado, recebendo uma enxurrada de apoio online. Sua postagem logo após deixar o hospital acumulou mais de 20 mil curtidas, tornando-o uma figura ainda mais popular no cenário político carioca. Esse apoio espontâneo pode alavancar sua carreira política.
Enquanto isso, a estratégia de comunicação da campanha de Alexandre Ramagem, candidato apoiado por Bolsonaro, também foi tema de discussões. Apesar de contar com recursos financeiros significativos e o apoio de figuras proeminentes do bolsonarismo, a campanha não tem conseguido deslanchar nas pesquisas. Especialistas apontam que a insistência em investir pesadamente na televisão, em detrimento de uma presença mais forte nas redes sociais e no contato direto com eleitores, pode estar prejudicando a candidatura de Ramagem.

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