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Advogado Dario Reisinger Ferreira chegou a alegar ‘constrangimento ilegal’. Ministério Público apresentou denúncias contra investigados em fraudes a licitações

O advogado teve mandado de prisão temporária expedido no dia 16 e, mesmo tendo “ciência inequívoca da ordem contra si”, manteve–se em “paradeiro desconhecido”, conforme decisão publicada na segunda-feira pela juíza Priscila Devechi Ferraz Maia, da 5ª Vara de Guarulhos. 

Dario era o presidente do diretório do União Brasil em Suzano (SP) até sexta-feira, quando o partido decidiu removê-lo do cargo. A defesa do advogado afirmou que Dario não foi preso no dia 16 porque ele não estava em Suzano na ocasião. Em pedido de habeas corpus que viria a ser negado pela Justiça, a defesa afirmou que o investigado sofreu “constrangimento ilegal” e que as investigações do Ministério Público não apontaram “qualquer irregularidade em sua atuação profissional”. 

Além de Dario, outros dois advogados foram presos na chamada Operação Munditia: Felipe Trajano de Lacerda e Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho — o segundo havia sido o defensor de um dos líderes do PCC, o “André do Rap”. A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Suzano pediu à Justiça que seja garantida aos profissionais detidos a prerrogativa de ficarem em “Sala de Estado Maior ou local equivalente” — o que foi atendido pela juíza responsável pelo caso. Em fevereiro, o escritório de Dario foi um dos patrocinadores do bloco de carnaval organizado pela seccional: o “Libera o Alvará”. 

O Ministério Público começou nesta semana a apresentar denúncias contra parte dos alvos das investigações da Operação Munditia. Segundo apurado pela “TV Globo”, dez pessoas já foram denunciadas até o momento. 

A Justiça concedeu prisão domiciliar a duas investigadas que haviam sido presas na semana passada: Camila Martins Pinho, funcionária de uma das empresas investigadas; e Fabiana de Abreu Silva, até então servidora pública na Prefeitura de Cubatão (ela foi exonerada do cargo). Ambas são mães de filhos pequenos (de 2 e 3 anos, respectivamente) e ficarão proibidas de se comunicar com outros investigados. 

Já outros três suspeitos tiveram pedidos de habeas corpus negados: Leanide Andrade Reis, suspeita de operar o pagamento de propinas; Joyce da Silva Caetano, acusada de ser “laranja” no esquema criminoso; e o advogado Felipe Trajano, que havia alegado ser portador de doença grave e o único responsável pelos cuidados da mãe. Para o MP-SP, Trajano atuava “decisivamente” no esquema de fraude a licitações.

O Globo
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