Base governista tem buscado implantar uma série de ajustes no texto até a próxima sessão ordinária.
A comissão especial da Câmara dos Deputados que debate o voto impresso auditável voltará a discutir a proposta apenas no dia 5 de agosto, após o recesso parlamentar.
Até lá, novas sugestões devem ser incorporadas no parecer substitutivo.
O entendimento da Comissão sobre a matéria, de acordo com a Agência Brasil, seria mesmo colocado em votação na última sexta-feira (16), mas após a sessão do semipresencial ser marcada por contubrações, a reunião foi encerrada sem a votação. Parlamentares alinhados ao governo do presidente Jair Bolsonaro tentaram adiar a reunião, sem sucesso.
Durante os debates, houve quedas na conexão de internet, o que serviu até de argumento para os deputados defenderem o voto impresso, alegando que esse tipo de falha pode ocorrer durante as eleições.
Alguns congressistas também criticaram a Justiça Eleitoral, apontando interferência nos trabalhos da Câmara.
No último dia 5, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, participou de uma sessão temática no Senado, onde defendeu o atual sistema de urnas eletrônicas e destacou que o voto impresso é um risco eleitoral.
Segundo Barroso, nunca houve fraude comprovada nas urnas eletrônicas.
A primeira versão da proposta de emenda constitucional que determina a utilização do voto impresso é da deputada Bia Kicis e determina que será “obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor”.
Já um substitutivo apresentado pelo deputado Filipe Barros exige a adoção de um tipo de urna eletrônica que permita a impressão do registro do voto.
Para que a nova medida entre em vigor já no pleito do ano que vem, a matéria precisa ser votada na comissão, em dois turnos no plenário da Câmara, e depois do Senado, antes do início de outubro.