A força da tradição: Elizabeth II e o mais longo reinado feminino da história 

Em 2 de junho de 1953, Elizabeth II foi solenemente coroada rainha reinante do Reino Unido da Grã-Bretanha na abadia de Westminster. Ela tinha apenas 25 anos quando, 16 meses antes, seu pai, o rei George VI, falecera, passando a coroa para a filha mais velha. 

A Inglaterra que a jovem Elizabeth herdou permanecia afeta às glorias do passado e com profundos resquícios do período vitoriano. Assim sendo, imprimir sua própria marca e criar uma nova era elisabetana poderia parecer algo bastante difícil para a soberana recém-coroada, considerando que seu poder e títulos eram menores, se comparados aos dos antigos reis.

Quase 7 décadas depois, ela não só atingiu esse objetivo, como também quebrou uma série de recordes na história da monarquia.

A rainha não é uma atriz, mas a popularidade da monarquia deve muito à sua atuação. A vida a levou aos quatro cantos do mundo diversas vezes, apresentou-a a líderes de todos os tipos, dos heroicos aos monstruosos; e a mares de rostos dramáticos; e a florestas de mãos acenando. Desde muito pequena, já conhecia seu destino. Apesar de tímida, ela considera uma vocação ser rainha, um chamado do qual não se pode escapar (2012, p. 22).